sábado, 26 de janeiro de 2008

Poesia

Não venha me falar de razão,
Não me cobre lógica
Não me peça coerência,
Eu sou pura emoção,
Tenho razões e motivações próprias,
Me movimento
por paixão,
Essa é minha religião e minha ciência.
Não meça meus sentimentos,
Nem tente compará-los a nada,
Deles sei eu,,
Eu e meus fantasmas,
Eu e meus medos,
Eu e minha alma
Sua incerteza me fere,
Mas não me mata.
Suas dúvidas me açoitam,
Mas não deixam cicatrizes
Não me fale de nuvens,
Eu sou Sol e Lua,
Não conte as poças,
Eu sou mar,
Profundo, intenso, passional
Não exija prazos e datas,
Eu sou eternidade e atemporal.
Não imponha condições,
Eu sou absolutamente incondicional.
Não espere explicações,
Não as tenho, apenas aconteço,
Sem hora,
local ou ordem.
Vivo Em cada molécula,
Sou um todo e às vezes sou nada,
Você não me vê,
Mas me sente,
Estou tanto na sua solidão,
Quanto no seu sorriso.
Vive-se por mim,
Morre-se por mim,
Sobrevive-se sem mim,
Eu sou começo e fim,
E todo o meio
Sou seu objetivo,
Sua razão que a razão
Ignora e desconhece,
Tenho milhões de definições,
Todas certas,
Todas imperfeitas,
Todas lógicas apenas
Em motivações pessoais,
Todas corretas,
Todas erradas
Sou tudo,
Sem mim, tudo é nada.
Sou amanhecer,
Sou Fênix,
Renasço das cinzas
Sei quando tenho que morrer,
Sei que sempre irei renascer,
Mudo protagonista,
Nunca a história.
Mudo de cenário,
Mas não de roteiro.
Sou música,
Ecôo, reverbero, sacudo
Sou fogo,
Queimo, destruo, incinero.
Sou vento,
Arrasto, balanço, carrego
Sou tempo,
Sem medidas, sem marcações
Sou furacão,
Destruo, devasto, arraso
Sou água,
Afogo, inundo, invado
Sou clima,
Proporcional a minha fase
Mas sou tijolo,
Construo, recomeço
Sou cada estação,
No seu apogeu e glória.
Sou seu problema
E sua solução.
Sou seu veneno
E seu antídoto
Sou sua memória
E seu esquecimento
Eu sou seu reino, seu altar
E seu trono.
Sou sua prisão,
Sou seu abandono e
Sou sua liberdade.
Sua luz,
Sua escuridão
E seu desejo de ambas
Velo seu sono
Poderia continuar me descrevendo
Mas já te dei uma idéia de quem sou...
Muito prazer, tenho vários nomes,
Mas aqui, na sua terra,
Chamam-me de.. Amor

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