quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A Dança

No vai e vem da dança,
Surge uma trança.
Que me embaraça,
Mesmo sendo mansa.

No vai e vem da dança,
Surge uma gola,
Que me enrola,
Parecendo mola.

No vai e vem da dança,
Surge uma onda,
Que me manda,
Para qualquer banda.

No vai e vem da dança,
Aparecem e desaparecem:
Mãos que me embaraçam,
Sorrisos que me arrasam,
Rebolados que me mandam,
Para essas coxas que me encantam.

Ah, essa dança!
Essa doce dança!
Me aprisiona em sua teia,
Corre quente em minha veia.
O meu ritmo altera,
Por vezes, o acelera,
Se torna veloz,
Docemente, atroz.

Ah, essa dança!
Essa doce dança!
Me acolhe em suas entranhas,
Sabe todas minhas artimanhas.
Trabalha com intensidade e,
Diminui minha velocidade,
Faz a minha felicidade.
Um prazer indispensável,
Docemente, inexplicável.

Núbia Santos® - 29/10/2008

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