Dizem que a vida é feita de ciclos. Sinto, às vezes, que os ciclos são acíclicos.
Me vejo na reta (ou nas curvas)que desenham os ciclos. Não sei se estou no início ou no fim. Sei que deste lugar vejo duas "personas": - o "eu de hoje" e o "eu de ontem".
O eu de hoje brinca, se diverte, viaja e caçoa. O eu de ontem chora, adoece, sente e perdoa.
Os ciclos são iguais às quedas d'água: repetem, movimentos predeterminados, insistem até que perfurem e retornem ao ponto de onde tudo começou.
O ciclo não tem ondulações, mas tem momentos de total confusão.
As quedas d'água tem pedras, depressões, elevações e por fim um lindo espelho d'água.
O ciclo tem o você de ontem e o você de hoje dialogando com a necessidade da ansiedade de ver o você do futuro.
Omissões, medos, ausências, ludicidade maldosa são coisas presas no passado. Aos quais não quero mais envolvimento. Com sentimentos não se brinca! E agora está distante em uma das pontas imaginárias do ciclo ao qual me distancio agora, por opção; por saber que contrariando a lei da física, dois corpos ocupam o mesmo lugar no espaço, sendo impossível acontecer com três corpos. Separo-me agora do futuro e torno o ciclo, acíclico.
Núbia Santos® - 04/01/2009
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