segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A espera do inusitado



Tal qual uma típica libriana, minhas experiências são vividas a flor da pele.
Choro, me envolvo completamente, rio escandalosamente, sonho e sinto um sentir intenso.
Estou acima do meio, envolvida em projetos e trabalhando com a razão.
Pouco me entrego à impulsividade.
Consigo superar um amor não correspondido, mas não consigo superar um atestado de incompetência que me é imposto. Quem me conhece sabe, que muito desejo um amor sincero e comprometido.
Gosto do que é simples e das coisas conquistadas com muito esforço.
Mas, seria hipocrisia dizer que não gosto do que é sofisticado, da glória e do que é belo.
Sou humana e atraio para mim tudo que é humano (pessoas imperfeitas, amores não correspondidos, orgulho das conquistas e o choro da derrota).
Agora, penso em perfeição e de tanta coisa que preciso mudar para atingi-la.
Olho para o horizonte e me calo, sinto o vento e me arrepio.
Vejo andorinhas dançando um balé sem música, como num ensaio para o grande show.
Observo o vento que insiste em mudar as folhas das árvores de lugar, para que numa fração de segundos tudo volte ao lugar de antes.
Analiso as nuvens andando sem direção, formando e deformando, sem deixar claro qual sua intenção.
Respiro com o diafragma, pois dizem que assim faz bem. E tenho a esperança de que o inusitado aconteça.

Núbia Santos - 08/02/2010
"Venha meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha, o amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça:
Venha, que o que vem é perfeição"
Renato Russo

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