Como se fosse um ímã,
Ao qual não consigo resistir a atração,
Me rendo ao seu chamado.
Me embebedo com as palavras,
que dançam em minha frente.
Deglutindo os significados dos seus versos,
Leio, releio e interpreto.
Rumino, ainda sem conseguir engolir,
Reinterpreto.
Cada parágrafo corta como lâmina.
A lâmina da minha ânsia.
Ânsia de saber:
O que o poeta quer dizer?
Quem é sua musa?
E o que está escrito nas entrelinhas?
Como se eu usasse uma lupa,
Deslizo em cada linha,
vasculho cada significado.
Vejo, eneblinada, a resposta que procuras
Mas a resposta ainda não me é nítida,
Associo, assobio, raciocino
Me sento e me levanto
Esboço um sorriso e algumas rugas.
Agora já nem durmo,
As palavras estão em meu travesseiro,
Em minhas pálpebras,
Elas acompanham meus sonhos,
E saltam junto com os carneirinhos.
Elas estão dentro de mim,
Impregnadas, coladas, adesivadas,
Como se fossem um ímã,
Ao qual não consigo resistir a atração,
Eu me rendo ao seu chamado.
Núbia Santos® - 03/11/2008
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