sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

APENAS PALAVRAS

Não consigo conter as palavras.
Elas estão soltas e descoordenadas.
Saem da minha boca,
Sem rima ou simetria.
Escorregam, deslizam e me atropelam.
Tento contê-las, inultilmente, com meus lábios.
Agora, elas escoam para outro lado.
Vazam e inundam meus pensamentos.
E estes, voam alto e com uma rapidez alucinada,
Aterrisam e hospedam em outro local,
estampam-se palavras em minha retina.
Percebo que elas estão em toda parte,
E passam por mim, com a velocidade de um trem bala.
Instigam a minha maluquez e confundem minha lucidez.
E eu que queria apenas reuni-las em verso e prosa,
para traduzir o porque da minha da voz entoar,
melodiosamente, em notas altas e agudas,
o nome do causador da minha insônia.
Me confundi, e me perdi nessa teia,
tecida pela junção proposital das palavras vindas dos seus pensamentos,
regados a sentimentos provocados pelos encontros de dois corpos
ávidos pelo desejo do momento.
Eu me agarrei nesse emaranhado de doces palavras.

Núbia Santos® - 05/12/2008

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